82% das cidades não veem condições para retomar aulas presenciais

 Mais de seis meses após o fechamento das escolas pela pandemia de covid-19, 3.275 municípios brasileiros ainda não veem condições sanitárias para retomar como aulas presenciais na rede básica de ensino neste ano. O número equivale a 82% das prefeituras consultadas em pesquisa da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), obtida com exclusividade pelo Estadão / Broadcast.

A CNM ainda presente a situação das escolas em 96 países. Segundo a entidade, 38 estão com as escolas abertas, 33 com escolas abertas abertas e 25 mantidas com colégios fechados. O presidente da entidade, Glademir Aroldi, argumenta que o cenário no Brasil é complexo porque, mesmo com investimento em equipamentos de proteção, o desafio envolve a permanência dos alunos dentro da sala por um número elevado de horas, risco de aglomeração no transporte e maior exposição de estudante e famílias.

Segundo ele, mesmo cidades que já reduziram como restrições de circulação para normas comerciais entendem ainda não ser seguro retomar as aulas. “Na flexibilização de um bar, vai a um bar quem acha que pode ir. Na escola, quando abrir, você faz com que os alunos acabem frequentando, permaneçam por um período longo e voltem para a casa, convivam com pais, avós. É uma situação mais complexa. Em algumas regiões, precisa do ar-condicionado ligado ou o tempo todo. E não é só aula, é o transporte escolar, envolve alunos dentro de um mesmo veículo ”, diz o presidente da CNM. “Não é uma questão de omissão, mas sim de avaliação e responsabilidade de decisão.”

Apenas 677 associações afirmaram ter condições de reabrir como instituições ainda este ano, desde que haja indicação nesse sentido por parte de autoridades sanitárias e de saúde apresentado do menor contágio, ou ainda oferta de vacina que permita o retorno com segurança. A pandemia já vitimou mais de 150 mil brasileiros O País registra mais de 5,1 milhões de casos. (Estadão)