Professora assassinada manteve relação sexual

O delegado Fátimo Siqueira e sua equipe prosseguem investigando o homicídio da professora Aline Margarida Macedo(foto), de 26 anos. Nesta segunda-feira, dia 12, ele ouviu mais dois suspeitos e também foi até a escola de educação infantil Arco-Íris, onde a vítima dava aulas.O delegado conversou com a diretora e uma professora, em busca de detalhes que possam revelar novos rumos para a investigação. 

O corpo foi encontrado na manhã da última quinta-feira,dia oito, na residência dela, na rua Pérola, 44,no povoado da Platina, em Santo Antônio da Platina.O ex-marido.Leandro,foi ouvido no mesmo dia pela polícia civil e liberado na sequência.Disse, na ocasião, não desconfiar de ninguém.

O latrocínio(roubo seguido de morte) foi descartado, até porque nada foi levado.O que se sabe, por meio de laudo do IML, é que ela manteve relação sexual antes de morrer, possivelmente minutos antes.Teve contatos vaginal e anal, possivelmente consentidos.

A autópsia apontou a causa mortis como sendo por asfixia.

Com os exames de Criminalística e o encaminhamento das impressões digitais para o Instituto de Identificação do Paraná, o autor do crime pode ser descoberto.Duas profissionais da perícia técnica estiveram no local colhendo informações e procurando impressões e pistas.

Ela,que é de família do bairro rural Pedra Branca, foi encontrada de lingerie com marcas de violência(o rosto tinha hematomas) e de objeto contundente(possivelmente faca), na cozinha da casa, após ter sido arrastada.O filho da vítima,de cinco anos, foi o primeiro a encontrar o corpo da mãe e gritou por socorro aos vizinhos, que acionaram a PM e , na sequência, a polícia civil.

Aline dava aulas também na Escola Silvestre Marques, no bairro Aeroporto em Jacarezinho, e à noite alfabetizava idosos no barracão da igreja católica no povoado onde residia.Laudo do Instituto Médico Legal de Jacarezinho apontou os ferimentos.

O curioso é que a pequena casa não estava revirada,o que indicaria possível roubo, e nada foi levado.O assassino entrou pela porta dos fundos da cozinha,usando a chave, sem arrombamento.A mulher permitiu que entrasse ou foi obrigada.A rotina da vítima sinaliza que tomava banho bem cedo, em torno das cinco horas da manhã, antes de pegar o ônibus e ir trabalhar em Jacarezinho. O filho ficava com a ex-sogra. O ex-marido afirmou, no depoimento, que a separação estava sendo conduzida de forma amigável.

Os cortes no rosto e testa foram superficiais.Uma toalha molhada sugere que Aline tomou banho pela manhã.

O que se pode afirmar é que o crime foi doloso(com intenção de matar) e cometido com extrema violência.O(a) homicida utilizou um fio de secador de cabelos para estrangular a vítima e imediatamente depois bateu com força o rosto dela contra o chão.

A polícia pede que, se alguém tiver informações, ligar no (43) 3534-1011 para fornecê-las.A denúncia pode ser anônima.

np diario