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Concursados da Defensoria Pública cobram contratação

Prazo para nomeação se esgota em novembro, dois anos depois da realização do concurso

Theo Marques
30 aprovados ainda não foram convocados pelo governo estadual
Curitiba – Cerca de 30 aprovados em concurso para cargos na Defensoria Pública que ainda não foram chamados para ocupar as funções fizeram ontem uma manifestação em Curitiba. O grupo reclama da demora no chamamento dos servidores. O prazo para nomeação se esgota em novembro, dois anos depois da realização do concurso.

Em 2012, foram ofertadas 528 vagas para cargos como assessor jurídico, técnico-administrativo e psicólogo. Até agora, porém, somente 52 servidores foram chamados para preencher os cargos.

Entre os que foram convocados também não faltam reclamações. As principais queixas são em relação à falta de estrutura da Defensoria, excesso de trabalho e baixa remuneração. "A demanda de trabalho é muito grande para condições de trabalho precárias. A Defensoria foi instalada, mas não tem como atender a população", reclamou um dos entrevistados.

Aprovado para o cargo de assessor jurídico, Ítalo Marinot Santos Lyrio veio de Salvador (BA) para ocupar a vaga. Ele reclama, porém, da incerteza por conta da demora para a convocação. "Não existe justificativa para retardar essas nomeações. Isso apenas frustra as expectativas de quem passou no concurso", criticou. Ele mora em Curitiba há um ano e exerce função de advogado enquanto aguarda o chamamento.

Gastos com pessoal
O governo diz que as nomeações são prioridade, mas devem ocorrer somente quando o Estado sair do limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) – os gastos com pessoal superam hoje a faixa de 46,55%.

Os concursados, entretanto, alegam que a Defensoria Pública é um órgão com autonomia financeira e administrativa, o que permitiria a convocação.

O Palácio Iguaçu, por sua vez, argumenta que a situação é análoga à das universidades estaduais, que têm autonomia, mas dependem do Poder Executivo para fazer o pagamento de pessoal. A assessoria de imprensa da Defensoria Pública confirma que a contratação é uma ação conjunta entre o órgão e o governo estadual.
Rodrigo Batista
Equipe Bonde-FOLHA DE LONDRINA
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