ESPORTE DE LONDRINA - PASSOU DA HORA
Atraso no repasse de recursos públicos leva modalidades a dispensarem atletas e desistirem de competições

O esporte de Londrina tem convivido nos últimos anos com recursos cada vez menores provenientes do poder público. Em 2015, além do pouco dinheiro, a demora na publicação do edital do Fundo Especial de Incentivo a Programas Esportivos (Feipe), da Fundação de Esportes (FEL), agravou ainda mais a situação do já combalido esporte londrinense.
Fatores que têm contribuído diretamente para a diminuição de equipes adultas na cidade. Londrina, que já teve recentemente representantes em competições nacionais no futsal masculino e feminino, handebol, vôlei e basquete, hoje vê o seu nome ausente de qualquer grande torneio brasileiro. Ao mesmo tempo, a administração municipal vai destinar R$ 3,4 milhões para sediar os Jogos Escolares Brasileiros, de 12 a 21 de novembro.
Sem garantia de orçamento para este ano e já prevendo dificuldades financeiras, a equipe de atletismo dispensou todos os seus atletas adultos no fim de 2014 e hoje só mantém o trabalho com 35 atletas até 17 anos. "Nas duas últimas olimpíadas, tivemos dois atletas representando a nossa equipe e no Pan do Canadá, pelo menos, seis atletas que treinaram em Londrina estarão representando o Brasil", frisou o técnico e coordenador da equipe, Gilberto Miranda. "É frustrante. Você investe, trabalha 10, 12 anos e na hora de colher os frutos, os atletas vão embora por falta de recursos".
O atraso para a liberação da verba do Feipe não é uma novidade e esta situação se repete desde o início dos anos 2000, porém nunca o atraso foi tão grande. Diante deste cenário, o futsal feminino, maior campeão paranaense, desistiu do Estadual e também da Liga Nacional. "No ano passado, já tiramos dinheiro do bolso. Não teríamos recursos para viagens e outras despesas. Dispensamos as jogadoras adultas e ficamos só com o time Sub-20", relatou a coordenadora da equipe, Vanda Sanches.
Drama parecido vive o handebol masculino. Campeão nacional e pan-americano, o time tenta voltar à Liga Nacional depois de dois anos de afastamento. A competição começa no fim de agosto e a indefinição sobre os recursos públicos já atrapalhou o planejamento. "Vamos começar a treinar só em agosto e o tempo de preparação será curto. Já tenho alguns patrocinadores acertados, mas preciso esperar a definição do Feipe para anunciá-los", apontou o técnico Giancarlos Ramirez. O handebol espera ser contemplando com pelos menos R$ 150 mil. O edital prevê 20% de contrapartida com recursos da iniciativa privada.
O presidente da FEL, Vilmar Caus, reconhece que o atraso prejudica não só as equipes, mas também a sociedade que fica sem a opção da prática esportiva em alto nível. "Assumimos a Fundação no fim de abril e estamos fazendo um planejamento para que isso não se repita em 2016. No próximo ano, já teremos institucionalizada uma política esportiva", garantiu o presidente.
Todos apontam que o caminho para reverter este quadro é a organização e o planejamento. "O recurso tem que começar a ser repassado, no máximo, em fevereiro", indicou Vanda Sanches.
Fatores que têm contribuído diretamente para a diminuição de equipes adultas na cidade. Londrina, que já teve recentemente representantes em competições nacionais no futsal masculino e feminino, handebol, vôlei e basquete, hoje vê o seu nome ausente de qualquer grande torneio brasileiro. Ao mesmo tempo, a administração municipal vai destinar R$ 3,4 milhões para sediar os Jogos Escolares Brasileiros, de 12 a 21 de novembro.
Sem garantia de orçamento para este ano e já prevendo dificuldades financeiras, a equipe de atletismo dispensou todos os seus atletas adultos no fim de 2014 e hoje só mantém o trabalho com 35 atletas até 17 anos. "Nas duas últimas olimpíadas, tivemos dois atletas representando a nossa equipe e no Pan do Canadá, pelo menos, seis atletas que treinaram em Londrina estarão representando o Brasil", frisou o técnico e coordenador da equipe, Gilberto Miranda. "É frustrante. Você investe, trabalha 10, 12 anos e na hora de colher os frutos, os atletas vão embora por falta de recursos".
O atraso para a liberação da verba do Feipe não é uma novidade e esta situação se repete desde o início dos anos 2000, porém nunca o atraso foi tão grande. Diante deste cenário, o futsal feminino, maior campeão paranaense, desistiu do Estadual e também da Liga Nacional. "No ano passado, já tiramos dinheiro do bolso. Não teríamos recursos para viagens e outras despesas. Dispensamos as jogadoras adultas e ficamos só com o time Sub-20", relatou a coordenadora da equipe, Vanda Sanches.
Drama parecido vive o handebol masculino. Campeão nacional e pan-americano, o time tenta voltar à Liga Nacional depois de dois anos de afastamento. A competição começa no fim de agosto e a indefinição sobre os recursos públicos já atrapalhou o planejamento. "Vamos começar a treinar só em agosto e o tempo de preparação será curto. Já tenho alguns patrocinadores acertados, mas preciso esperar a definição do Feipe para anunciá-los", apontou o técnico Giancarlos Ramirez. O handebol espera ser contemplando com pelos menos R$ 150 mil. O edital prevê 20% de contrapartida com recursos da iniciativa privada.
O presidente da FEL, Vilmar Caus, reconhece que o atraso prejudica não só as equipes, mas também a sociedade que fica sem a opção da prática esportiva em alto nível. "Assumimos a Fundação no fim de abril e estamos fazendo um planejamento para que isso não se repita em 2016. No próximo ano, já teremos institucionalizada uma política esportiva", garantiu o presidente.
Todos apontam que o caminho para reverter este quadro é a organização e o planejamento. "O recurso tem que começar a ser repassado, no máximo, em fevereiro", indicou Vanda Sanches.
Lucio Flávio Cruz
Reportagem Local-FOLHA DE LONDRINA
Reportagem Local-FOLHA DE LONDRINA