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Mistura de rolimã, BMX e kart, o Drift Trike recebe a disputa da terceira etapa nacional em Londrina


Anderson Coelho
Pilotos chegam a atingir 80 quilômetros por hora na descida: esporte atrai homens e mulheres
Uma ladeira de um quilômetro no Parque Leblon, zona norte de Londrina, foi o palco ontem da 3ª Etapa Nacional de Drift Trike. A competição contou com 120 atletas do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo e Minas Gerais, que chegaram a atingir 80 quilômetros por hora durante a descida.

Após surgir na Nova Zelândia em 2008 e se popularizar nos Estados Unidos, o Drift Trike tem no Brasil um dos países com mais praticantes atualmente no mundo. As competições oficiais no País começaram em 2013 e hoje se espalham por vários estados. O carrinho é composto por uma frente de BMX, duas rodas de kart, revestidas por uma capa de PVC, propositalmente instalada para diminuir a aderência do equipamento no asfalto.

"Privamos pela segurança. Equipamentos como capacete, luva, cotoveleira e colete são obrigatórios. Construímos uma pista segura, com áreas de escape e proteção com pneus", garantiu Felipe Faria, o Indião, piloto e organizador do evento. Apesar dos cuidados, um acidente marcou a etapa durante os treinamentos no sábado. Um competidor de Cascavel se chocou com uma árvore e fraturou o braço. A prova foi organizada pelo Drift Trike Londrina, com apoio da Liga Nacional de Drift Trike (NDT).

A adrenalina atrai homens e mulheres. "Andava de rolimã e quando conheci o Trike nunca mais parei", contou Evelyn Custódio, 16 anos, moradora de Pinhais (Região Metropolitana de Curitiba). "Nesses três anos que corro já sofri alguns acidentes. O mais grave foi em Farroupilha-RS. Caí e arrastei as costas por cinco metros. Perdi toda a pele. Nem isso me fez abandonar o Trike. A adrenalina é muito forte", ressaltou.

O atual campeão brasileiro, Roger da Silva, o Gordão, 28, afirmou que ainda não é possível viver profissionalmente do esporte e o que atrai os competidores é o clima de união, amizade e parceria entre os pilotos. "Começou como uma brincadeira de rua e no início tive medo. Hoje o nível dos competidores cresceu e as competições são muitos equilibradas. A técnica é o que faz a diferença na hora da corrida", garantiu o técnico em informática, morador de Bom Jesus dos Perdões (SP) e que no primeiro semestre venceu uma etapa do campeonato mundial, disputada em Atibaia (SP). O Nacional terá ainda mais duas etapas. No dia 29 de agosto em Águas de São Pedro-SP e no dia 24 de outubro, em Bombinhas-SC.
Lucio Flávio Cruz
Reportagem Local-FOLHA DE LONDRINA
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