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Londrina se tornará referência no BMX


Além de pista de padrão internacional, será construído também um ginásio para treinamento dos melhores atletas do País

Anderson Coelho
Pelo cronograma da obra, a pista deve ficar pronta até novembro e o ginásio, em dezembro
 
Até o final do ano, Londrina vai ganhar um complexo de treinamento de última geração de BMX. A obra, que está sendo erguida anexa ao Autódromo Ayrton Senna, promete projetar a cidade como referência para treinos e competições internacionais de bicicross. Os recursos para a construção do Centro – R$ 1,7 milhão - são do Ministério do Esporte, em convênio com a Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC).

Em ritmo acelerado de execução, o projeto abriga um pista de BMX Supercross, com dois traçados. Um com obstáculos maiores – para competições de elite e com uma plataforma de largada de 8,5 metros de altura –, e outro com obstáculos menores, para eventos de base, iniciação e amador e plataforma de 5 metros. Ambos terão 360 metros de comprimento.

O ginásio de apoio terá 600 metros quadrados e vai abrigar espaços para treinamentos de força e indoor, ala para recuperação de atletas pré e pós-provas, como fisioterapia e sauna, consultórios de equipes multidisciplinares, vestiários, refeitório e auditório. "Não existe nenhum complexo como este no Brasil. Ele vai atender os atletas da Seleção, de elite e júnior, com períodos de treinamentos, além de atletas pré-selecionados e de outras categorias. Será possível também disseminar a modalidade e atender o lado social. Vamos usar o espaço ainda para cursos e formação de treinadores", ressaltou Francisco Florencio, diretor de Alto Rendimento da CBC.

Pelo cronograma da obra, a pista deve ficar pronta até novembro e o ginásio, em dezembro. De acordo com Florencio, já há também recursos para a compra dos equipamentos, muitos deles de última geração e por isso fabricados apenas no exterior. "Queremos em janeiro iniciar toda a preparação para a Olimpíada em Londrina. Faremos algumas idas ao Rio de Janeiro para reconhecimento da pista oficial, mas todo trabalho será aqui. Desta forma será possível focar e concentrar no trabalho visando os Jogos".

A CBC já trabalha para trazer para Londrina, em 2016, várias competições nacionais e pelo menos duas internacionais, uma delas, ainda no primeiro semestre. "Há uma carência de pistas de Supercross. Teremos só a de Londrina e a do Rio. Não descartamos Londrina ser procurada para ser uma espécie de subsede da Olimpíada, já que muitos países vão precisar de locais para treinamentos", apontou o diretor da CBC. A pista vai contar com uma arquibancada em concreto já existente no autódromo, com capacidade para cinco mil pessoas.

O objetivo da CBC é, a partir da construção do complexo em Londrina, usar o modelo para elaboração de pelo menos mais quatro centros regionais em outras regiões do país, a partir do ano que vem.

JOGOS OLÍMPICOS

O ciclismo distribuirá 54 medalhas nos Jogos Olímpicos, das quais seis serão no BMX. Apesar de ser anfitrião, o Brasil sabe que as chances de pódios no Rio de Janeiro são bem pequenas. "Vai depender primeiro do número de atletas classificados. Hoje teríamos uma grande delegação, mas em muitas provas os rankings serão fechados apenas em maio", frisou Francisco Florencio. "O BMX é a nossa principal aposta concreta de medalha, sobretudo com Renato Rezende, que hoje é top 10 do mundo e está sempre chegando em finais de Copa do Mundo. Já a nossa equipe de pista é mais nova e passou por uma reformulação visando 2020".
Lucio Flávio Cruz
Reportagem Local-FOLHA DE LONDRINA
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