Caso de assédio expõe insegurança no campus da UEL
Suspeito foi flagrado por seguranças da instituição, mas acabou liberado pela polícia

Para prefeitura do campus, casos de assédio não são comuns na instituição

"A iluminação é bastante precária, não temos segurança alguma", expôs a estudante de Direito Natália Dalbianco (à esquerda), com a colega Thayrine Ferreira
O campus da Universidade Estadual de Londrina (UEL) não é um local seguro para as estudantes da instituição. Pelo menos para diversas delas que se utilizaram de uma publicação do perfil "Calourada Feminista UEL", no Facebook, para expor as suas experiências com molestadores.
A discussão teve início após o perfil divulgar, na quinta-feira, que uma caloura da universidade teria sido perseguida por um homem no campus durante a tarde de quarta. Flagrado pelos guardas da universidade, o suspeito foi detido e levado pela Polícia Militar (PM) para a 10ª Subdivisão Policial (SDP). Na delegacia, o acusado, que negou o assédio, assinou um termo circunstanciado e foi liberado. As informações foram confirmadas ao portal Bonde ontem, pela Polícia Civil.
De acordo com o relato publicado no Facebook, a estudante perseguida na quarta já havia sido assediada pelo mesmo homem há duas semanas. O suspeito teria mostrado as partes íntimas para a jovem dentro de um ônibus lotado. Pelo menos outras duas estudantes confirmaram, durante a discussão na rede social, que também foram assediadas por esse homem no campus da UEL. Ele também foi apontado como molestador por jovens que estudaram na universidade há alguns anos. "Esse cara ronda a UEL há anos, desde que eu era caloura, há uns seis anos. Ele pegava o ônibus na Higienópolis e esses tempos o vi no ponto do Quebec. Os guardinhas da UEL já foram atrás dele, que eu presenciei, três vezes", escreveu uma delas.
A mãe de uma jovem que teria sido assediada pelo homem também participou da discussão, e relatou que ele teria se esfregado contra a sua filha, também dentro de um ônibus, em fevereiro do ano passado. Na época, conforme a mulher, um boletim de ocorrência foi registrado contra o molestador na 10ª SDP.
Algumas estudantes relataram outro tipo de assédio, executado, conforme elas, por um homem em um Fusca azul. Segundo os relatos, o indivíduo usa o veículo para perseguir as alunas. Pelado, o homem encurrala as jovens em pontos pouco movimentados do campus e se masturba olhando para elas. As alunas contaram que os assédios aconteceram em diversas oportunidades durante as últimas três semanas.
Estudantes ouvidas pela reportagem da FOLHA relataram que o clima de insegurança no campus é grande. "A iluminação é bastante precária, não temos segurança alguma", expôs a estudante de Direito Natália Dalbianco. "Ultimamente tem tido muito assalto, a qualquer hora do dia", contou Thayrine Ferreira, que também estuda Direito. "A gente tem muito medo. Sempre andamos em grupo, principalmente à noite, e procuramos andar sempre onde tem mais movimentação. Antes mesmo de saber desse caso, a gente já se prevenia", disse Bruna Balieiro, estudante de Fisioterapia.
O prefeito do campus da UEL, Dari de Oliveira Toginho Filho, disse que casos de assédio como o desta semana não são comuns e que cobra a ajuda dos próprios alunos para evitar que novos episódios aconteçam. "O nosso maior parceiro é o estudante. Temos feito um trabalho de conscientização. A partir do momento que eles entenderem que o campus é um local de aprendizado e não para outras atividades, eles vão nos dar o reforço de informar as ocorrências e alimentar as estatísticas. Se queremos segurança, esse apoio é fundamental", pediu.
"Ficamos numa situação delicada porque não temos condições de cobrir integralmente todos os estudantes, por isso sempre recomendamos que ao ver alguém estranho, para acionar a central de segurança", indicou.
O prefeito não informou o número de vigilantes que fazem a segurança do campus, mas garantiu que o maior efetivo do quadro de funcionários do campus é formado por guardas, que trabalham inclusive aos finais de semana e feriados. "Estamos investindo em segurança eletrônica para potencializar o trabalho.
Oliveira adiantou que, depois de uma sequência de assaltos registrada recentemente, já foi acelerada a instalação de cerca de 20 câmeras ao longo do calçadão central. Os equipamentos custaram R$ 80 mil. Outra medida que será tomada é a intensificação do patrulhamento da guarda em locais com maior trânsito de estudantes.
A discussão teve início após o perfil divulgar, na quinta-feira, que uma caloura da universidade teria sido perseguida por um homem no campus durante a tarde de quarta. Flagrado pelos guardas da universidade, o suspeito foi detido e levado pela Polícia Militar (PM) para a 10ª Subdivisão Policial (SDP). Na delegacia, o acusado, que negou o assédio, assinou um termo circunstanciado e foi liberado. As informações foram confirmadas ao portal Bonde ontem, pela Polícia Civil.
De acordo com o relato publicado no Facebook, a estudante perseguida na quarta já havia sido assediada pelo mesmo homem há duas semanas. O suspeito teria mostrado as partes íntimas para a jovem dentro de um ônibus lotado. Pelo menos outras duas estudantes confirmaram, durante a discussão na rede social, que também foram assediadas por esse homem no campus da UEL. Ele também foi apontado como molestador por jovens que estudaram na universidade há alguns anos. "Esse cara ronda a UEL há anos, desde que eu era caloura, há uns seis anos. Ele pegava o ônibus na Higienópolis e esses tempos o vi no ponto do Quebec. Os guardinhas da UEL já foram atrás dele, que eu presenciei, três vezes", escreveu uma delas.
A mãe de uma jovem que teria sido assediada pelo homem também participou da discussão, e relatou que ele teria se esfregado contra a sua filha, também dentro de um ônibus, em fevereiro do ano passado. Na época, conforme a mulher, um boletim de ocorrência foi registrado contra o molestador na 10ª SDP.
Algumas estudantes relataram outro tipo de assédio, executado, conforme elas, por um homem em um Fusca azul. Segundo os relatos, o indivíduo usa o veículo para perseguir as alunas. Pelado, o homem encurrala as jovens em pontos pouco movimentados do campus e se masturba olhando para elas. As alunas contaram que os assédios aconteceram em diversas oportunidades durante as últimas três semanas.
Estudantes ouvidas pela reportagem da FOLHA relataram que o clima de insegurança no campus é grande. "A iluminação é bastante precária, não temos segurança alguma", expôs a estudante de Direito Natália Dalbianco. "Ultimamente tem tido muito assalto, a qualquer hora do dia", contou Thayrine Ferreira, que também estuda Direito. "A gente tem muito medo. Sempre andamos em grupo, principalmente à noite, e procuramos andar sempre onde tem mais movimentação. Antes mesmo de saber desse caso, a gente já se prevenia", disse Bruna Balieiro, estudante de Fisioterapia.
O prefeito do campus da UEL, Dari de Oliveira Toginho Filho, disse que casos de assédio como o desta semana não são comuns e que cobra a ajuda dos próprios alunos para evitar que novos episódios aconteçam. "O nosso maior parceiro é o estudante. Temos feito um trabalho de conscientização. A partir do momento que eles entenderem que o campus é um local de aprendizado e não para outras atividades, eles vão nos dar o reforço de informar as ocorrências e alimentar as estatísticas. Se queremos segurança, esse apoio é fundamental", pediu.
"Ficamos numa situação delicada porque não temos condições de cobrir integralmente todos os estudantes, por isso sempre recomendamos que ao ver alguém estranho, para acionar a central de segurança", indicou.
O prefeito não informou o número de vigilantes que fazem a segurança do campus, mas garantiu que o maior efetivo do quadro de funcionários do campus é formado por guardas, que trabalham inclusive aos finais de semana e feriados. "Estamos investindo em segurança eletrônica para potencializar o trabalho.
Oliveira adiantou que, depois de uma sequência de assaltos registrada recentemente, já foi acelerada a instalação de cerca de 20 câmeras ao longo do calçadão central. Os equipamentos custaram R$ 80 mil. Outra medida que será tomada é a intensificação do patrulhamento da guarda em locais com maior trânsito de estudantes.
Guilherme Batista e Rafael Souza
Reportagem Local-FOLHA DE LONDRINA
Reportagem Local-FOLHA DE LONDRINA


