Inclusão no mercado de trabalho
173 vagas de emprego foram ofertadas em Londrina no Dia D realizado na Agência do Trabalhador
"Quero trabalhar em qualquer setor, mas espero que a empresa não seja muito longe de casa", declarou Simone Sperandio
"Não está mais tão difícil conseguir emprego pelo fato de que as empresas precisam cumprir a lei", opinou Micaela Fernanda Raymundo
O Dia D para a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho trouxe esperança a Simone Sperandio, de 31 anos, que chegou cedo à Agência do Trabalhador em Londrina em busca de oportunidades. Ontem, 173 vagas foram ofertadas nos setores da construção civil, indústria, saúde e comércio. "Completei o Ensino Médio. Quero trabalhar em qualquer setor, mas espero que a empresa não seja muito longe de casa. O deslocamento é bem difícil por causa da falta de acessibilidade", explicou. Simone vendia produtos de porta em porta quando foi diagnosticada com esclerose múltipla e, desde 2011, passou a usar cadeira de rodas.
Outro candidato as vagas, Wellington Silva Ferreira, de 29 anos, é técnico no setor agropecuário e está há quatro meses desempregado. "O mercado de trabalho, como um todo, passa por um momento mais complicado. Sempre encontrava vagas com tranquilidade", lamentou. Sem os movimentos do braço esquerdo, ele busca oportunidades também em setores administrativos e de tecnologia da informação. "A gente tem que pensar positivo e se achar uma pessoa normal porque a gente é mesmo. Às vezes, o preconceito vem do próprio deficiente", frisou.
Micaela Fernanda Raymundo, de 19 anos, deixou o guichê da Agência do Trabalhador com três encaminhamentos para entrevistas de emprego. "Não está mais tão difícil conseguir emprego pelo fato de que as empresas precisam cumprir a lei. Agora vou aguardar. Meu último emprego no Detran foi ótimo. Fui muito bem recebida pelos colegas", lembrou. Entre as novas oportunidades estavam vagas para atendente de lanchonete, auxiliar administrativo e auxiliar de almoxarifado.
O Dia D foi realizado em todo o País. Em empresas com mais de 100 funcionários, 2% do total do quadro de trabalhadores devem ser preenchidos obrigatoriamente por pessoas com deficiência. A gerente de qualificação profissional do Sine Londrina, Valéria Oliveira, destacou que o órgão busca aproximar e facilitar o ingresso dos profissionais no mercado de trabalho. "Às vezes, empresas notificadas pelo Ministério Público do Trabalho divulgam vagas totalmente incompatíveis com qualquer tipo de deficiência. É preciso ter uma maior flexibilização para que a gente consiga fazer com que essas pessoas mostrem o seu potencial. Estamos buscando essa conscientização", frisou.
Diversas empresas participaram da ação em Londrina e os candidatos interessados poderão procurar a Agência do Trabalhador nas próximas semanas.
O Grupo Folha de Comunicação pretende contratar, pelo menos, cinco pessoas com deficiência para a função de auxiliar de expedição. No entanto, outras oportunidades também podem ser encontradas pelos candidatos. "A contratação de pessoas com deficiência contribui como agente transformador para romper com antigos paradigmas e ampliar a visão acerca da deficiência", destacou o gerente de recursos humanos da FOLHA, Welington Barbosa.
Já a construtora Plaenge está com 11 vagas de trabalho abertas, preferencialmente, para pessoas com deficiência. "A procura é muito pequena, pelo menos, no nosso setor. Quando a gente recebe os candidatos, eles não têm a qualificação para a vaga", contou a analista de Recursos Humanos e Seleção da construtora, Marimília Soler.
O Hospital Araucária está em busca de dois técnicos de enfermagem, preferencialmente, para o centro cirúrgico. "Estamos com uma dificuldade ainda maior porque está difícil encontrar técnicos de enfermagem no mercado. Dependendo da deficiência, é perfeitamente possível que a pessoa exerça essa função", ressaltou a coordenadora de Recursos Humanos do hospital, Ana Carla Gagioni.
As vagas não preenchidas continuam disponíveis na Agência do Trabalhador. O endereço é Rua Pernambuco, 162. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (43) 3334-2525.
Outro candidato as vagas, Wellington Silva Ferreira, de 29 anos, é técnico no setor agropecuário e está há quatro meses desempregado. "O mercado de trabalho, como um todo, passa por um momento mais complicado. Sempre encontrava vagas com tranquilidade", lamentou. Sem os movimentos do braço esquerdo, ele busca oportunidades também em setores administrativos e de tecnologia da informação. "A gente tem que pensar positivo e se achar uma pessoa normal porque a gente é mesmo. Às vezes, o preconceito vem do próprio deficiente", frisou.
Micaela Fernanda Raymundo, de 19 anos, deixou o guichê da Agência do Trabalhador com três encaminhamentos para entrevistas de emprego. "Não está mais tão difícil conseguir emprego pelo fato de que as empresas precisam cumprir a lei. Agora vou aguardar. Meu último emprego no Detran foi ótimo. Fui muito bem recebida pelos colegas", lembrou. Entre as novas oportunidades estavam vagas para atendente de lanchonete, auxiliar administrativo e auxiliar de almoxarifado.
O Dia D foi realizado em todo o País. Em empresas com mais de 100 funcionários, 2% do total do quadro de trabalhadores devem ser preenchidos obrigatoriamente por pessoas com deficiência. A gerente de qualificação profissional do Sine Londrina, Valéria Oliveira, destacou que o órgão busca aproximar e facilitar o ingresso dos profissionais no mercado de trabalho. "Às vezes, empresas notificadas pelo Ministério Público do Trabalho divulgam vagas totalmente incompatíveis com qualquer tipo de deficiência. É preciso ter uma maior flexibilização para que a gente consiga fazer com que essas pessoas mostrem o seu potencial. Estamos buscando essa conscientização", frisou.
Diversas empresas participaram da ação em Londrina e os candidatos interessados poderão procurar a Agência do Trabalhador nas próximas semanas.
O Grupo Folha de Comunicação pretende contratar, pelo menos, cinco pessoas com deficiência para a função de auxiliar de expedição. No entanto, outras oportunidades também podem ser encontradas pelos candidatos. "A contratação de pessoas com deficiência contribui como agente transformador para romper com antigos paradigmas e ampliar a visão acerca da deficiência", destacou o gerente de recursos humanos da FOLHA, Welington Barbosa.
Já a construtora Plaenge está com 11 vagas de trabalho abertas, preferencialmente, para pessoas com deficiência. "A procura é muito pequena, pelo menos, no nosso setor. Quando a gente recebe os candidatos, eles não têm a qualificação para a vaga", contou a analista de Recursos Humanos e Seleção da construtora, Marimília Soler.
O Hospital Araucária está em busca de dois técnicos de enfermagem, preferencialmente, para o centro cirúrgico. "Estamos com uma dificuldade ainda maior porque está difícil encontrar técnicos de enfermagem no mercado. Dependendo da deficiência, é perfeitamente possível que a pessoa exerça essa função", ressaltou a coordenadora de Recursos Humanos do hospital, Ana Carla Gagioni.
As vagas não preenchidas continuam disponíveis na Agência do Trabalhador. O endereço é Rua Pernambuco, 162. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (43) 3334-2525.
Viviani Costa
Reportagem Local-FOLHA DE LONDRINA
Reportagem Local-FOLHA DE LONDRINA
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