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Rússia inicia ofensiva aérea na Síria

Jatos atingiram posições e veículos que a Inteligência do país acredita serem da facção radical Estado Islâmico

São Paulo - A Rússia realizou seu primeiro ataque aéreo na Síria ontem em favor do regime do ditador Bashar al-Assad, disse o Ministério da Defesa a agências de notícias russas. Segundo o porta-voz do ministério, Igor Konashenkov, jatos russos atingiram posições e veículos que a Inteligência do país acredita serem da facção radical Estado Islâmico (EI). A ação militar ocorre logo após o Parlamento russo ter autorizado, a pedido do presidente russo, Vladimir Putin, o uso da Força Aérea na Síria para dar suporte a Assad.

Mais cedo, uma autoridade americana havia dito sob condição de anonimato à emissora CNN que o bombardeio teria ocorrido próximo à cidade de Homs. Os russos teriam informado a Embaixada dos Estados Unidos em Moscou sobre a operação com antecedência para que aviões americanos que realizam bombardeios contra posições do EI não sobrevoassem a Síria. Segundo a autoridade, os ataques aéreos americanos prosseguem normalmente.

Ativistas sírios afirmaram que os ataques russos ocorreram nas províncias de Homs e Hama e que deixaram dezenas de mortos e feridos. Embora grupos insurgentes controlem localidades próximas a Homs, não há atividade significativa do EI na região.

Pouco após a confirmação da ação militar russa na Síria, ministros das Relações Exteriores de potências mundiais iniciaram uma reunião do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, convocada pela Rússia para discutir uma estratégia conjunta de combate ao EI e outros grupos radicais.

O chanceler russo, Sergei Lavrov, disse na reunião que seu país está "pronto para estabelecer canais de comunicação para garantir a eficiência máxima do combate a grupos terroristas" junto aos EUA e outros países. Na segunda-feira, o presidente americano, Barack Obama, havia dito perante a Assembleia-Geral da ONU que estava disposto a cooperar com países como Rússia e Irã para pôr fim à guerra civil na Síria, que começou em 2011, já deixou mais de 220 mil mortos e forçou o deslocamento de 11 milhões de pessoas.
Folhapress-FOLHA DE LONDRINA
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