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NOVA AMÉRICA DA COLINA - O potencial do palmito de pupunha


Satisfeito com a produção de palmeiras, que adotou há 17 anos, produtor planeja ampliar área de cultivo

Fotos: Anderson Coelho
Gezuíno Lázaro optou pela pupunha como forma de aproveitar o potencial produtivo do sítio que recebeu após o falecimento dos pais
O produtor faz duas colheitas ao ano, com uma produtividade média de 700 gramas por haste de pupunha

Nova América da Colina - Em parte da antiga propriedade cafeicultora de 24 alqueires onde nasceu, no Sítio Monte Alto, em Nova América da Colina, o contador aposentado Gezuíno Lázaro, 72 anos, decidiu investir há 17 anos na produção de pupunha como forma de aproveitar o potencial produtivo de área que recebeu após o falecimento dos pais. "Como moro em Cornélio Procópio, mantemos o local mais para lazer da família, mas não queria deixar o solo ocioso. Nunca tive interesse por culturas sazonais e foi assistindo a um programa do Globo Rural que me interessei pela pupunha", conta. "Aqui na região não havia muitas informações sobre essa cultura e comecei a fazer pesquisas por conta própria, indo atrás de especialistas no assunto", lembra.
Dos 3 mil pés iniciais, hoje a lavoura de seis hectares conta com 20 mil palmeiras, que produzem, em média, 17 mil hastes de palmito pupunha por ano - produção que é vendida para uma indústria de palmito em conserva no município paranaense de Munhoz de Mello. "A pupunha gosta de umidade e calor. Aqui não tenho irrigação, mas a pupunha tem se desenvolvido bem. Conseguimos duas colheitas ao ano, com uma produtividade média de 700 gramas por haste", comenta, sendo que cada haste é vendida para a indústria a R$ 2,50.
Satisfeito com a produção de pupunha, Lázaro pretende ampliar em mais 4 mil pés a sua área de plantio. "Não é uma cultura trabalhosa e acredito que vale a pena o investimento. A pupunha já permite corte a partir de 18 meses e o mais difícil é ter condições de se manter nos primeiros dois anos. Depois é tranquilo, porque o perfilhamento da planta-mãe sempre irá gerar novas plantas. Aqui não tenho muitos problemas com pragas e o cuidado maior é com a adubação do solo e o manejo da roçagem", explica o produtor, que conta com o auxílio de apenas um funcionário para os cuidados com a lavoura, já que a colheita é feita por funcionários da indústria.

Recentemente, ele recebeu a visita de um grupo de mulheres de produtores que integram o Sindicato Rural de Cornélio Procópio e espera que haja mais interesse em ampliar a produção de pupunha na região: "Isso seria interessante, assim como a organização de uma cooperativa de produtores", almeja.

COMÉRCIO DE MUDAS
Em Rancho Alegre, o Viveiro Saragoça há 15 anos comercializa mudas de pupunha para produtores da região, com uma média anual de venda que chega a 80 mil mudas (R$ 1,50 a unidade). De propriedade do viveirista Renato Saragoça Marcantônio, a ideia de investir em pupunha surgiu por sugestão do seu irmão, que é técnico agrícola. "Comecei com 150 plantas e hoje tenho 36 mil pés para corte em três alqueires", conta. Segundo ele, o interesse pela pupunha tem aumentado e já vendeu até para clientes no Mato Grosso. "A muda é sensível, no início, mas, por ser uma planta rústica, é bem tranquilo depois", garante.
Ana Paula Nascimento
Reportagem Local-FOLHA DE LONDRINA
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