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Uso de simuladores de direção fica para junho

Paraná consegue prorrogar lei que determina obrigatoriedade dos equipamentos

Gina Mardones/4-1-2016
Segundo a resolução do Contran, cinco aulas iniciais com 30 minutos de duração cada devem ser realizadas nos simuladores

A lei que tornou obrigatório o uso dos simuladores de direção pelas autoescolas entrou em vigor na maioria dos Estados em 1º de janeiro. No Paraná, no entanto, após vários adiamentos, a medida só deve começar a vigorar em junho. Isto porque o Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR) solicitou prorrogação do prazo para que os centros de formação de condutores se adaptassem à mudança.
Segundo a assessoria de imprensa do Detran, há 37 equipamentos em funcionamento no Estado, compartilhados por 71 autoescolas que decidiram se antecipar à lei. A maioria dos simuladores está instalada em cinco centros compartilhados de simulação, um espaço em comum usado por várias autoescolas. A estratégia foi adotada para diminuir custos. De acordo com o Detran, os centros estão localizados em Arapongas, Toledo, Pato Branco, Curitiba e Foz do Iguaçu. Este último tem previsão de ser inaugurado na segunda-feira.
O Detran informou também que Londrina pode ter o maior centro compartilhado do Estado, porém os proprietários de autoescolas ouvidos pela reportagem ainda estão receosos em adquirir as máquinas, que custam em torno de R$ 50 mil. Sidney Nascimento, da Autoescola Central, admitiu que o plano existia, mas que não avançou. "Nós decidimos que vamos aguardar até o final do prazo. O investimento é alto para comprarmos e depois aparecer uma decisão de que não será mais obrigatório", cogita.
Flávio Sereia, da Autoescola Paraná, recebeu um simulador para testes. Segundo ele, a autoescola já está habilitada, mas, por não ser obrigatório, o equipamento não é usado nas aulas. Como o responsável pelo simulador deve receber R$ 17 por aula, além dos custos com energia elétrica e instalações, ele calcula que as aulas no simulador devem sair mais caras que as tradicionais, nas ruas.
Segundo a resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), cinco aulas iniciais com 30 minutos de duração cada devem ser realizadas nos simuladores, antes que o aluno comece as 20 aulas obrigatórias nas ruas.
Paulo Guimarães, diretor técnico do Observatório Nacional de Segurança Viária (OSNV), adverte que os Estados que ainda não contam com simuladores de direção devem agilizar a adaptação. "Não podemos ter um condutor bem formado no Rio Grande do Sul, por exemplo, e outro com formação antiga no Mato Grosso, visto que a carteira tem validade em todo território nacional", explica.
Nos Estados com a lei já em vigência, alguns representantes de autoescolas defendem que os simuladores trazem benefícios para os alunos e para o trânsito em geral. Segundo Wallace de Souza Lima, proprietário do CFC Visão, de Rio Branco (AC), os aparelhos auxiliam na educação e garantem resultados tangíveis. "Já percebemos uma queda de 60% no índice de reprovação nas provas práticas."
Celso Felizardo
Reportagem Local/FOLHA DE LONDRINA

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