Homens encontrados em regime de escravidão no PR recebem salários
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Trabalhadores foram resgatados por procuradores na sexta-feira (13).
Dono de fazenda pagou fiança de R$ 50 mil e foi liberado.
Os empregados de uma fazenda de Guaraniaçu, no oeste do Paraná, que foram encontrados trabalhando em um regime análogo à escravidão por procuradores do Ministério Público Federal (MPF), receberam os salários atrasados e indenizações trabalhistas nesta segunda-feira (16).
Segundo os procuradores, 18, dos 20 homens encontrados na fazenda compareceram para receber os valores.
Segundo os procuradores, 18, dos 20 homens encontrados na fazenda compareceram para receber os valores.
O dono da fazenda, Nelson Slaviero, foi obrigado a pagar R$ 113 mil de salários atrasados e multas trabalhistas aos homens. Detido no dia em que os trabalhadores foram resgatados, ele pagou fiança no valor de R$ 400 mil e foi liberado. O advogado que representa o fazendeiro preferiu não se manifestar.
'Situação degradante'J
oão Júlio Borges Machado, que, de acordo com a denúncia, agenciou a mão-de-obra, também foi preso. O advogado dele, Amarildo Horvath, negou que os trabalhadores estivessem em condição análoga à escravidão. Ele teve a fiança arbitrada pela Justiça em R$ 50 mil. O advogado que o representa disse que entrou com um pedido na Justiça para tentar reduzir o valor. Por não ter pago a fiança, ele segue preso.
Os trabalhadores, responsáveis pelo serviço de roçada e limpeza de pasto na fazenda, encontravam-se "em situação extremamente degradante num alojamento improvisado, feito com pedaços de madeira coberta com lona plástica", de acordo com a denúncia.
As camas em que eles dormiram eram feitas com galhos de árvores e colchonetes sujos e rasgados, afirma o MPF. Os trabalhadores também não tinham condição de sair do alojamento em que viviam, porque não é possível deixar o local a pé.
Entre os trabalhadores, havia um adolescente. Nenhum deles tinha contrato empregadício ou acesso a instalações sanitárias mínimas - eles precisavam usar um matagal como banheiro.
FONTE - GLOBO.COM


