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Policial é impedido de entrar em casa e ameaça seguranças com fuzil

Um policial civil foi afastado das funções nesta sexta-feira (20), suspeito de ter cometido abuso de poder ao tentar entrar no condomínio onde mora, em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba. Com um fuzil em mãos, ele ameaçou atirar contra dois seguranças que impediram a entrada dele no local.
A situação aconteceu na quarta-feira (18). Quando o policial Antônio Gabriel Castanheira chegou à casa que aluga em um condomínio na zona rural de Campo Largo, os seguranças disseram que ele não poderia entrar.
Os dois seguranças, que são policiais militares da reserva, disseram que ele não poderia entrar por ordem do dono do terreno, o empresário Luis Mussi. Indignado com a negativa, o policial começa a ameaçar os seguranças. A ação foi toda gravada pelas câmeras do circuito interno de segurança.
Um dos policiais chega a sacar uma arma, mas recua. O policial continua as ameaças. "Abre, Abre. Eu estou mandando abrir. Sai, sai. Se você sacar [a arma] eu vou matar você.  Abre que eu não quero machucar ninguém. Meu pessoal  está vindo pra cá, um tiro mata todo mundo", disse o policial aos seguranças. Em seguida, ele voltou ao carro e pegou um fuzil. "Abre, se não eu vou fuzilar todo mundo!", diz o policial aos gritos. Em seguida, ele usou a arma para quebrar o vidro da guarita do condomínio.
Os seguranças saem da guarita e o policial continua as ameaças. A pé, ele segue pelo terreno e chega a detonar uma granada.
Outro vídeo, gravado pelo advogado do policial, Cláudio Dalledone, mostra os seguranças reconhecendo que foi o empresário Luis Mussi quem mandou barrar a entrada do policial no condomínio. "Eu fiz o que o seu Luis pediu, que era impedir a entrada dele", diz um dos seguranças na imagem.
Casa emprestada
A casa onde o policial mora foi emprestada pela irmã do empresário Luis Mussi, Liliane Mussi. O terreno é alvo de uma disputa judicial entre os dois irmãos. O policial está morando no local desde janeiro deste ano.
O advogado do empresário Luis Mussi, Rodrigo Muniz, explicou o motivo que teria levado à proibição da entrada do policial. "Para preservar a privacidade das pessoas. E sendo fácil a solução para isso, bastava que se abrisse um acesso exclusivo para essa casa. "Praticou um abuso, uma série de ameaças, uma série de danos, invadiu propriedade privada, invocando a condição de policial", afirmou.
Já Dalledone, que representa Antônio Gabriel Castanheira avaliou a ação como normal e disse que a casa onde o policial mora já havia sido invadida pelo empresário. "Agiu dentro da lei. Fez uso progressivo da força, à medida em que precisava e entrou na casa dele. Ele é legítimo possuidor do direito de entrar na casa dele. Não é Luis Mussi, não será ninguém que irá impedir um morador de ingressar na sua casa", disse o advogado.
Investigação
As imagens da ação do policial foram encaminhadas à Polícia Civil e à Justiça. Em nota, a corporação informou que determinou que a corregedoria-geral apure de forma rigorosa os fatos. Ainda segundo a Polícia Civil, todas as armas em poder do policial Antônio Gabriel Castanheira foram recolhidas. Ele deverá continuar fora das atividades até o fim das investigações.
FONTE - GLOBO.COM

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