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Despertando jovens talentos


Uenp oferece curso de programação em informática para alunos do ensino médio; o objetivo é atraí-los para a universidade

Divulgação
O curso é gratuito e realiza-se nos colégios da região duas vezes por semana no horário de contraturno

Jhenifer do Carmo tem 17 anos e já decidiu o que vai fazer no fim do ano: prestar vestibular para o curso de Sistemas de Informação da Universidade Estadual do Norte do Paraná (Uenp). Estudante do Colégio Estadual Marcílio Dias, de Itambaracá, ela é uma dos 60 alunos que já participaram do projeto "Despertando Jovens Talentos com o Conhecimento da Computação", que oferece aulas de programação gratuitas a alunos do ensino médio da região.
Foi durante o curso que Jhenifer se convenceu do que queria para o futuro. "Quando fiquei sabendo, fiz a inscrição sem muita expectativa. Mas, conforme vinha às aulas, fui me interessando pela área. Hoje gosto muito", partilha. "Eu tenho duas amigas que já fazem Sistemas de Informação na Uenp e este ano ano resolvi prestar o vestibular também", conta.
O curso é realizado nos colégios da região, duas vezes por semana, no horário de contraturno. A equipe responsável pelas aulas é composta por dois professores recém-formados e um estudante da graduação da universidade, supervisionados por dois orientadores. Segundo o coordenador do projeto, professor Ederson Marcos Sgarbi, doutor em Ciência da Computação, o objetivo é atrair estudantes do ensino médio para os cursos de Sistemas de Informação e Ciência da Computação ofertados pela instituição, a exemplo do que aconteceu com Jhenifer.
"A maioria dos adolescentes e jovens gosta de tecnologia e na nossa região não é diferente. O problema é que muitos desses jovens ainda não sabem que temos cursos superiores voltados para essa área. E de graça", comenta o professor. "O que queremos é mostrar um pouquinho desse universo para eles e, quem sabe, convencê-los a serem estudantes da Uenp no futuro", acentua Sgarbi.
Victor Garcia, recém-formado em Sistemas de Informação e um dos professores do curso, afirma que para ganhar a atenção dos alunos é preciso aliar conteúdo e entretenimento. "Primeiro, os estudantes têm uma introdução sobre algorítimos e uma noção sobre o que é ‘processo’. Isso é o básico para se trabalhar com programação. Vencida essa etapa, eles já passam a usar algumas ferramentas bastante lúdicas, que possibilitam fazer animações, por exemplo". Na etapa seguinte os participantes aprendem, de uma forma bem simples, a fazer aplicativos para celular, conta. "Isso acaba sendo bastante divertido, porque celular é algo que faz parte do dia a dia deles. E assim eles aprendem um pouco sobre como funciona essa tecnologia."
O Projeto já passou por colégios de Andirá, Abatiá, Itambaracá e atenderá ainda Bandeirantes. Ao final do curso, os alunos recebem certificado emitido pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proec) da Uenp. Edgreyson Mendes Aron, 22, já está terminando o curso, mas não quer parar por aí. Ele também pretende prestar vestibular para Sistemas de Informação neste ano. "Eu sempre gostei de informática. E depois dessa oportunidade de fazer o curso, eu tive certeza de que é isso que eu quero fazer", disse. "Bandeirantes é pertinho daqui. Posso ir e voltar todos os dias. O projeto me ajudou muito na decisão", enfatiza.

EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA
O "Despertando Jovens Talentos com o Conhecimento da Computação" é financiado pelo "Programa Universidade Sem Fronteiras", criado pela Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (SETI). Os projetos do programa são desenvolvidos por equipes multidisciplinares compostas por educadores, profissionais recém-formados e estudantes das universidades e faculdades públicas do Estado do Paraná.
Atualmente, centenas de projetos que integram o programa estão sendo desenvolvidos em mais de 200 municípios do Estado. Em Bandeirantes, fazem parte do projeto "Despertando Jovens Talentos" os recém-formados Victor Ronchi Garcia e Dayanne Oliveira Silva, e o aluno de graduação Igor Goulart de Oliveira, acadêmicos orientados pelos os professores Daniela de Freitas Trindade e Luiz Fernando Legore do Nascimento.
Para o bolsista Igor Goulart, 20, aluno do segundo ano de Sistemas de Informação (campus Luiz Meneghel) e monitor do projeto, as duas experiências são gratificantes. "É uma oportunidade e tanto. Quando estou no colégio, eu me identifico com os alunos. Alguns deles já estão muito bons em informática e , certamente, se darão muito bem nessa área. Vê-los encantados pelo curso, também me ajuda a continuar estudando", conclui.
Reportagem Local/FOLHA DE LONDRINA

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