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ONGs sofrem com redução das doações em momento de crise

Aface, em Curitiba, viu doações de dinheiro e produtos caírem 70% neste ano.
No Pequeno Cotolengo, direção ficou com medo de que acabasse o leite.

Do G1 PR, com informações da RPC Curitiba
Em momento de crise, as instituições sociais viram as doações caírem significativamente.  Não foi apenas a quantidade de dinheiro que diminuiu, doações de roupas e alimentos também ficaram mais escassas.
Na Associação Franciscana de Educação ao Cidadão Especial (Aface), em Curitiba, que atende pessoas com deficiência intelectual, a redução das doações foi de 70% neste ano.

“Nós contávamos, entre produtos, doações de pessoas físicas, doações espontâneas, com cerca de R$ 30 mil mensais. Hoje, a gente está sentindo que essa doação caiu mais de 70%”, disse a diretora da Aface Maíra de Oliveira.

Acostumados a cuidar de quem precisa, agora são eles que precisam de ajuda para manter a instituição funcionando. A dificuldade é tamanha que está complicado manter todos os serviços na área de educação, saúde e assistência social. Mais de 100 alunos são atendidos na Aface.

Veja como doar para a Aface.

Para tentar driblar a crise, a ONG tem feito campanhas e passou a aceitar notas fiscais, que podem ser trocadas por créditos na campanha Nota Paraná no qual o governo devolve parte do imposto recolhido.

“É uma estratégia que não tem custo. Nós contamos com voluntários, que, aliás, são muito bem-vindos para a economia de despesa na instituição, e ela tem a possibilidade de valor da nota ter alguns créditos para a instituição”.

O Pequeno Cotolengo, que atua no acolhimento de pessoas com deficiências múltiplas e foram abandonadas pelas famílias ou em situação de risco, passa por situação semelhante.

Veja como doar para o Pequeno Cotolengo.

Neste ano, as doações caíam 40%. Diante disso, mais telefonistas foram contratadas para atrair mais doadores. O problema atingiu um nível crítico quando quase acabaram os alimentos do estoque.

“Nós já tivemos situação de ter o estoque de leite, que é básico para a nossa instituição, para dois, três dias somente. Isso para nós é bem grave porque a gente sempre trabalha com doação e a gente precisa do dia do amanhã porque os nossos moradores estão conosco 24 horas”, explicou Renaldo Lopes que é diretor do Pequeno Cotolengo.

Ao todo, são mais de 200 moradores atendidos na instituição.

Apesar do aperto nas contas, ainda tem gente que faz questão de doar. É assim com o aposentado Janari Bosman, que reservou um tempinho para separar roupas que não servem mais para ele, mas que podem ser úteis para outras pessoas.

“É uma questão humanitária, de espírito de fraternidade e o que mais for. Eu acho importante isso ai”, comentou.
G1 PARANA

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