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Onda de assaltos assusta estudantes de Jacarezinho


Uenp pede mais patrulhamento da Polícia Militar nas proximidades dos centros universitários; em três meses, ocorrências pularam de 13 para 25 na cidade


Jacarezinho - Uma onda de assalto nas imediações dos centros universitários da Universidade Estadual do Norte do Paraná (Uenp) em Jacarezinho tem assustado os estudantes e preocupado a direção da instituição.
A universidade solicitou ao comando do 2º Batalhão de Polícia Militar o reforço no patrulhamento, principalmente nos períodos da tarde e noite, quando a ação dos bandidos tem sido mais frequente.
Não há uma estatística exclusiva dos casos registrados próximos aos dois centros da Uenp, mas de acordo com a Polícia Militar, nos últimos três meses houve um crescimento no número de assaltos na cidade. Em abril, foram 13 ocorrências e, em maio e junho, saltou para 24 e 25, respectivamente.
O pró-reitor de Planejamento, Bruno Galindo, disse que a universidade está elaborando uma ferramenta para fazer uma pesquisa on-line sobre segurança. O aluno vai poder marcar os locais em que se sente inseguro, dentro e fora do campus. "Com esse mapeamento poderemos identificar os pontos e, se for dentro do campus, implementar ações de prevenção, e quando for no lado externo passar as informações à Polícia Militar e ao Conselho Municipal de Segurança", explicou o pró-reitor.
Também está em elaboração uma campanha de orientação aos alunos com dicas para que evitem andar sozinhos e carregar aparelhos celulares ou eletrônicos, que são visados pelos ladrões.
As informações que chegam à reitoria é de que os assaltos nos Centros de Ciência Sociais Aplicadas e o Centro de Ciências Humanas e Educação, na região central, ocorrem em sua maioria no período da noite, quando os alunos voltam para casa. Já no Centro de Ciência da Saúde, que funciona do bairro Jardim Nova Jacarezinho, a ação dos bandidos ocorre no fim da tarde.
A reitoria também vai solicitar ao Conselho Municipal de Segurança uma ação mais efetiva para coibir a ação dos bandidos. "Os assaltos foram nas imediações do campus, mas não afetam somente os nossos estudantes e sim toda a comunidade de Jacarezinho", comentou Fátima Padoan, reitora da Uenp.
Ela enfatiza a necessidade do apoio da Polícia Militar, pois como as ocorrências são fora do campus, fogem da competência da universidade. "Isso tem causado uma instabilidade nos alunos. É uma questão de segurança pública", afirmou Fátima.
De acordo com o comandante do 2º Batalhão da Polícia Militar, Antônio Carlos de Moraes, o serviço de inteligência já tinha verificado esse aumento da incidência de roubos nas proximidades dos centros universitários e a PM vem atuando de forma velada e com rondas ostensivas.
O comandante explicou que a maioria desses crimes é cometido por menores de idade, que visam principalmente aparelhos celulares vendidos no mercado negro para sustentar a dependência química. Ele enfatizou que a PM tem priorizado as rondas, com equipes da radiopatrulha e da Rotam. "Nos horários e locais onde as estatísticas têm mostrado um aumento de ocorrências, temos priorizado o patrulhamento ostensivos e velados", disse Moraes.
A ação dos ladrões é muita rápida e, muitas vezes, facilitada pela desatenção das pessoas. "Hoje, temos uma geração de ‘zumbis’, que andam pelas ruas acessando o WhatsApp e sem prestar atenção ao que ocorre em seu redor. Esses descuidos chamam a atenção dos bandidos que se aproveitam desses vacilos", comentou o comandante.
Aline Machado Parodi
Reportagem Local/FOLHA DE LONDRINA

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