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MP protocola nova denúncia contra 13 auditores estaduais

O Ministério Público (MP) de Londrina protocolou, no último dia 3, denúncia contra 13 auditores fiscais, um empresário do setor de bebidas e seu assistente por crimes de formação de quadrilha, corrupção ativa e corrupção passiva tributária: os crimes teriam ocorrido entre 2002 e 2009 e consistiam na liberação de cargas em dois postos da Polícia Rodoviária Estadual (PRE) onde auditores atuavam em postos fiscais mediante a cobrança de propina.
O processo foi distribuído à 3ª Vara Criminal, sob responsabilidade do juiz Juliano Nanuncio, titular de todos os processos relativos à Operação Publicano, deflagrada em março do ano passado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) para investigar esquema de corrupção e sonegação fiscal na Receita Estadual de Londrina e com ramificações pela alta cúpula, em Curitiba. Ao todo, 71 auditores estão envolvidos. Nanuncio recebeu a denúncia, que está sob sigilo devido a possíveis medidas cautelares.
De acordo com a denúncia, o grupo de 13 auditores, do qual fazia parte o principal delator da Publicano, Luiz Antonio de Souza, liberava as cargas de bebidas, especialmente cerveja, sem qualquer conferência das notas fiscais. Em depoimento ao Gaeco, o dono da empresa disse que pagava R$ 1 mil por caminhão do tipo carreta e R$ 500 por caminhão do tipo "truck". Os postos rodoviários na Região Metropolitana de Londrina (RML) por onde passavam os caminhões da distribuidora de bebidas eram o Charles Naufal, em Sertaneja, e o Jorge Radziminski, em Porecatu.
O empresário disse que durante mais de cinco anos entregou as propinas semanalmente ao seu assistente, cuja função era negociar com o grupo de auditores e, também, repassar a eles sua parte no acordo de corrupção.
No final do ano passado, o MP protocolou denúncia semelhante, porém, distribuída à 2ª Vara Criminal, que tratava de cobrança de propina de empresa de laticínios para liberar cargas nos mesmos postos fiscais. Os crimes, entretanto, teriam ocorrido entre 2003 e 2005, período em que a empresa teria sonegado mais de R$ 80 mil em ICMS. Dez auditores e um empresário foram denunciados.
Loriane Comeli
Reportagem Local/folha de londrina

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