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Cooperativas preparam alternativas

Cooperativas têm capacidade estática de 16,2 milhões de toneladas, o que corresponde a 54% da armazenagem do Estado


Com um tom um pouco mais ameno comparado à Faep – mas também de preocupação – a Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar) acredita que a safra de soja conseguiu ser recebida com certa eficiência, apesar de dificuldades pontuais em algumas regiões. A situação mais complexa, segundo a entidade, é a partir de julho, quando chega aos armazéns um volume de 14 milhões de toneladas, somados o milho safrinha e feijão. As cooperativas paranaenses têm uma capacidade estática de 16,2 milhões de toneladas, o que corresponde a 54% da armazenagem do Estado.

De acordo com o gerente técnico e econômico da Ocepar, Flávio Turra, fica a expectativa da comercialização da soja neste intervalo entre abril e julho. "Normalmente se comercializa essa parte da soja para receber a segunda safra. O problema é que o nível de venda está muito abaixo comparado a anos anteriores. Podemos ter problema se não comercializarmos um volume razoável no período".

Turra afirma que as cooperativas não pressionam os produtores para venderem sua produção e explica como fica o cenário da armazenagem neste caso de mercado arrefecido. "As cooperativas vão buscar espaço para armazenar, como locais próximos aos destinos desse produto. Pensando na exportação, armazéns disponíveis na rota do Porto de Paranaguá, por exemplo, e logicamente alternativas improvisadas como a questão dos silos-bags".

De qualquer forma, o gerente acredita que neste momento existe a expectativa de contornar todo esse processo e a preocupação maior fica para julho, no recebimento do milho safrinha. "Até lá temos um período para comercializar essa soja. As cooperativas estão estruturadas para buscar alternativas se os armazéns estiverem cheios".

Nos últimos cinco anos, o investimento em capacidade estática pelas cooperativas foi de R$ 2 bilhões. "Em 2015, foi investido R$ 1 bilhão em armazenagem, o que permitiu a construção de 1,5 milhão de capacidade estática, incluindo toda a infraestrutura. No ano passado, mais um milhão em capacidade estática foi construído. Este ano, não devemos passar de 500 mil toneladas devido às taxas de juros elevadas do crédito rural. A expectativa é que se crie um programa melhor no Plano Safra para incentivar a armazenagem com juros bem mais baixos que os atuais para o segundo semestre".
Victor Lopes
Reportagem Local/FOLHA DE LONDRINA

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