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Paraná se previne contra epidemia de gripe

Campanha Nacional de Vacinação deve começar dia 16 de abril


O Paraná registrou duas mortes causadas pelo vírus Influenza neste ano. Os dados são da última atualização do informe epidemiológico da Secretaria do Estado da Saúde, que confirmou 11 casos da doença até agora. Enquanto São Paulo e Goiás se mantêm vigilantes quanto ao risco de epidemia, contabilizando 49 e 28 casos respectivamente, Paraná segue com trabalhos de prevenção.

Cem anos após a epidemia da gripe espanhola, novo surto de gripe preocupa os EUA, com o H3N2, subtipo do Influenza A. Enquanto isso, no Brasil foram registrados 161 casos de gripe e 25 mortes, destas, nove foram causadas pelo H3N2. Até o último informe epidemiológico, o Paraná confirmou uma morte por H1N1, em Santa Izabel d'Oeste (Sudoeste), e uma por H3N2, em Cafezal do Sul (Noroeste).
"Normalmente acontece isso. Com o inverno no Hemisfério Norte, início de fevereiro e março já começa a aparecer aqui. As pessoas viajam e vão trazendo vírus, promovendo essa transmissão", explica Renato Lopes, chefe da Divisão da Vigilância de Doenças Transmissíveis, da Secretaria da Saúde do Paraná.
Segundo Lopes, embora não haja um agravante no Estado, é sempre adequado estar alerta com o vírus Influenza, por isso, a Secretaria faz o monitoramento diário do banco de dados e dos resultados dos laboratórios. Dessa forma, caso haja uma epidemia, é possível ter agilidade no tratamento. "A gente não sabe como vai ser o comportamento a partir de agora que a temperatura cai, mas temos o monitoramento diário para que, na medida que perceber que há alterações, fazer os procedimentos". Por enquanto, o órgão segue com as medidas de prevenção. No ano passado, o Paraná teve 339 casos confirmados e 52 óbitos.

LONDRINA
Na regional de saúde de Londrina, apenas Ibiporã teve registro, com um caso de influenza B. De acordo com Sônia Fernandez, diretora de Vigilância em Saúde, da Secretaria Municipal de Saúde de Londrina, os sintomas da gripe H3N2 não diferem de outras formas de gripe. "A única coisa que ela vai ter é um comprometimento geral bem mais acentuado. Mais cansada, sem energia, febre mais alta, mas, basicamente, não difere dos sintomas das outras gripes", explica.
Por enquanto, a região não tem motivos para maior preocupação. "Continuamos monitorando, o Influenza é alvo de acompanhamento durante o ano inteiro. Londrina tem a unidade sentinela, que em qualquer caso suspeito, faz a coleta de material para identificar e acompanhar o vírus. Até o momento, não se vê preocupação maior quanto a isso", afirma.
Ao mesmo tempo, alerta para que as pessoas se atentem às formas de prevenção, independentemente de qual seja o vírus causador. A diretora indica lavar sempre as mãos, evitar aglomerações e locais fechados, manter o ambiente limpo e arejado para que se evite contaminação. "Na verdade, a gente não pode descuidar. Não precisa esperar a confirmação de circulação de um vírus para se atentar", finaliza.

VACINAÇÃO
A vacinação ainda é considerada por especialistas uma das formas mais eficazes de prevenção. A Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe está prevista para se iniciar no dia 16 de abril com término em 25 de maio, atendendo grupo mais vulnerável.
"A melhor forma de proteção é a vacinação. É o modo mais eficaz e melhor custo-benefício. Às vezes não é a gripe que mata, mas a pessoa não cuida e a gripe leva a uma pneumonia", afirma Zenaide Leão, gerente de clínica particular de vacinas de Londrina.
Segundo Leão, muitas pessoas descuidam e acabam buscando a imunização quando a gripe já está alastrada. "É quando todo mundo quer tomar e acabam as doses, causando confusões e filas. Quanto antes tomar, melhor, porque ela atinge o pico de proteção depois de 20 dias da aplicação", indica. A gerente explica que não é preciso esperar um ano para tomar a nova dose, pois a eficácia no organismo é de, no máximo, 8 meses.
Na Campanha Nacional podem ser vacinadas crianças a partir de 6 meses até 4 anos completos, idosos a partir de 60 anos, gestantes, mulheres que acabaram de dar à luz (45 dias após o parto), indivíduos privados de liberdade, trabalhadores de saúde, povos indígenas, funcionários do sistema prisional e professores. Quem não pertence ao grupo ou não quer esperar a campanha pode buscar clínicas particulares de vacinação.
Lais Taine
Reportagem Local/folha de londrina

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