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Fidelidade canina na Assembleia Legislativa: Ratinho e sua bancada sustentaram maldades de Beto Richa


Eleito deputado estadual em 2014, Ratinho Júnior ficou pouquíssimo tempo na Assembleia Legislativa do Paraná, uma vez que foi nomeado secretário de Beto Richa. Assim, praticamente não exerceu o mandato para o qual foi eleito. Mas, durante os últimos quatro anos, Ratinho Junior comandou uma bancada de 18 deputados no Legislativo estadual, que votaram seguindo sua orientação, mesmo quando ele não estava na Casa.

E a bancada de Ratinho foi fiel e decisiva para que Beto Richa aprovasse todas os seus projetos polêmicos, como a apropriação dos recursos da ParanáPrevidência, a criação de novos cargos comissionados, a concessão de regalias ao Judiciário e o congelamento dos salários dos servidores públicos estaduais, entre outras.

No curto período de tempo em que esteve no Legislativo, Ratinho Junior também deixou clara sua fidelidade canina ao governador. Entre setembro de 2017, quando deixou a secretaria para voltar à Assembleia, e 6 de abril deste ano, quando Richa renunciou, Ratinho participou de 468 votações no plenário e, em 455 delas, votou conforme a orientação da liderança do governo.

É fato que muitas das votações da Assembleia se dão por unanimidade, sendo indicações, requerimentos de deputados, questões de menor relevância, ou propostas necessárias que sequer necessitam de debate, mas, em 65 ocasiões neste período, houve debate e recomendações distintas das lideranças do governo e da oposição.

Nestes casos, Ratinho só votou contra o interesse de Beto Richa 13 vezes, mas sua bancada votou a favor, garantindo a vitória governista.

O candidato que agora defende o corte de cargos comissionados e o fim dos privilégios no âmbito do executivo votou contra, por exemplo, ao pedido de informações à Casa Civil sobre os critérios para a composição dos comitês de indicação e avaliação das empresas estatais.

Ratinho também votou a favor de criação de 379 cargos comissionados no Poder Judiciário, o que trouxe um impacto de R$ 19,3 milhões anuais aos cofres do estado.

Na votação mais polêmica do período em que esteve na Assembleia, Ratinho se omitiu de votar. O deputado não registrou voto no projeto que congelou por dois anos os gastos públicos, incluindo, aí, o congelamento do reajuste aos servidores públicos estaduais.

Ele não votou nem a favor nem contra a proposta, mas toda sua bancada ajudou a aprovar o congelamento dos salários, e o veto a realização de concursos públicos, promoções, progressões na carreira e financiamento dos serviços públicos.
 

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