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Família de diretor morto em universidade do norte do Paraná não entende motivação do crime

Após pouco mais de uma semana da morte do diretor do campus da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), em Cornélio Procópio, no norte do Paraná, a família de Sérgio Roberto Ferreira ainda tenta entender a motivação do crime. 

As filhas de Sérgio Ferreira descrevem o pai como um homem tranquilo, apaziguador.
"Meu pai sempre foi um homem íntegro, honrado, querido por todos. Na universidade era o paizão de todos", diz a filha Priscila Ferreira de Souza. 

Sérgio Roberto Ferreira tinha 60 anos. Era professor de administração de empresas desde 1990 na Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP). Em janeiro, ele assumiria o segundo mandato como diretor eleito do campus de Cornélio Procópio. 

O diretor foi morto no dia 20 de dezembro, dentro da universidade. O também professor Laurindo Panucci Filho, que está preso no interior de São Paulo, confessou o crime, segundo a polícia paulista.
As filhas de Sérgio dizem que nunca souberam de problemas entre eles, mas que dias antes do crime, Laurindo havia procurado o pai. 

"Durante a semana estava entrando em contao com o meu pai devido a essa advertência que ele receberia. Pelo o que a gente sabe, ele tinha sido notificado, mas não tinha recebido. Estava atrás para que meu pai fizesse alguma coisa", conta Daiene Ferreira. 

No dia do crime, professor Laurindo recebeu uma advertência de um outro diretor da universidade por prejudicar a disciplina, a hierarquia, a ordem e a eficiência do trabalho e das atividades acadêmicas. Logo após a reunião que foi informado sobre isso, Laurindo ligou para o diretor Sérgio para marcar um encontro com ele no campus. 

Em depoimento, Laurindo disse que comprou uma machadinha, a escondeu em uma mochila e foi encontrar Sérgio na universidade. O suspeito relatou que houve uma discussão e que as agressões começaram. Na audiência de custódia, Laurindo não deu detalhes do crime. 

Carlos Eduardo Gama de Souza, genro do diretor que foi morto, foi colega de trabalho de Laurindo, quando dava aulas na UENP, entre 2013 e 2015. Ele afirma que o suspeito tinha problemas de comportamento./ 

"Se indispunha muito com os alunos por querer dar vista de prova, é lei", esclareceu Souza.
Na sexta-feira (28), o Ministério Público do Paraná (MP-PR) denunciou o professor Laurindo Panucci Filho por homicídio triplamente qualificado. Para a promotoria, o suspeito usou meio cruel, dificultou a defesa da vítima e o crime ocorreu por motivo fútil. 

"É uma perda irreparável. Mesmo que a Justiça seja feita, queremos isso, não vai trazer o meu pai de volta. Esperamos que ele [suspeito] pague pelo o que fez", enfatiza Priscila de Souza.
"Causou uma dor enorme, nunca será reparado", conclui Daiene. 

Laurindo Panucci Filho está preso no Centro de Detenção Provisório de Caiuá, no interior de São Paulo e não tem advogado constituído. Não há previsão de quando ele será transferido para Cornélio Procópio. 

FONTE - G1 PR


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