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Indústria de elevadores pretende faturar R$ 100 milhões neste ano


Inaugurada oficialmente ontem, Wittur investiu R$ 30 milhões na planta instalada em Londrina, onde projeta aumentar produção em 2017

Saulo Ohara
Com clientes como Atlas Shindler, Otis e Thyssen, empresa oferece 100 empregos diretos e estima empregar 130 pessoas em 2017, quando pretende aumentar produção para 30 mil unidades

A Wittur, indústria alemã de elevadores, inaugurou oficialmente ontem sua fábrica de 11 mil metros quadrados de área construída na Rua Engênia Safra do Rosário, na zona norte de Londrina, onde desde fevereiro produz portas para elevadores e os mecanismos de operação dessas portas.
Apesar da crise, a indústria mantém a expectativa de entregar 20 mil unidades neste ano. O grupo investiu R$ 30 milhões na planta em Londrina para um faturamento estimado em R$ 100 milhões neste ano. A cerimônia contou com a presença do prefeito Alexandre Kireeff (PSD).
"Nós produzimos para um mercado já existente. Vamos pegar uma parte maior de share deste mercado. É claro que poderíamos fazer mais se o País estivesse crescendo", afirma o diretor responsável pela Wittur na América Latina, Andreas Witte. De acordo com ele, clientes como a Atlas Shindler, Otis e Thyssen aguardavam que a Wittur aumentasse sua produção no Brasil. A indústria já operava em Cambé desde 2000, com uma produção bem menor.
O diretor conta que a fábrica já exporta para a Colômbia e deverá exportar também para a Argentina. "Mas o foco é o mercado interno. A soma de todos os outros mercados de elevadores da América Latina, incluindo México, é igual ao mercado brasileiro. Exportação para nós é um bônus", declara. Hoje, a empresa oferece 100 empregos diretos e, no ano que vem, quando pretende aumentar sua produção para 30 mil unidades, deverá empregar 130 pessoas.
Também participaram da inauguração representantes da Mitsubishi Elevadores, empresa que se instalou no Rio Grande do Sul em 2013. E que pode vir a ser cliente da fábrica londrinense. "Estamos em negociação", afirma o diretor. Os japoneses não quiseram falar com a reportagem.

Buit to suit
A fábrica foi construída num terreno de 20 mil metros quadrados pertencente à DMX Imóveis, na modalidade "built to suit", que consiste em um contrato de locação no qual o locatário encomenda a construção para atender suas necessidades. "O projeto nasce da necessidade do empresário. Normalmente, por esta modalidade, o contrato é de longo prazo", conta o sócio diretor da DMX, Dimas de Oliveira Maia. Segundo ele, o cliente tem a opção de compra do imóvel no final do contrato. "No caso da Wittur, ela manifestou o desejo de fazer a compra daqui a cinco anos", revela.
Alexandre Kireeff conta que a Prefeitura apoiou a implantação da indústria por meio de ajustes no marco regulatório da cidade para atração de empreendimentos. De acordo com o prefeito, a inauguração da obra "materializa esforços" que se iniciaram no início de sua administração, em 2013. "Entre o desenvolvimento de uma política pública de incentivo e os resultados dela se tornarem realidade existe um tempo natural. É o tempo da atração da empresa, do desenvolvimento de projeto, da realização da obra de engenharia até o início das atividades", ressalta.

De volta à casa
O economista londrinense Guilherme Nozawa, 39 anos, está bem contente com a inauguração da fábrica. Em 1999, logo que se formou na UEL, ele foi embora da cidade em busca de oportunidades de emprego. Trabalhou na Votorantin, na companhia de saneamento de São Paulo, a Sabesp, fez consultoria para a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), entrou outras atividades.
No entanto, Nozawa sempre sonhou em voltar à cidade, onde deixou a família. Há um ano, ele responde pela área de Recursos Humanos da Wittur na América Latina, oportunidade que permite a ele permanecer em Londrina. "Depois de muito tempo, a cidade se mostra mais atraente do ponto de vista de empregos", avalia.
Nelson Bortolin
Reportagem Local/FOLHA DE LONDRINA
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